RESUMO
Desde 1952 vem o Serviço Nacional de Lepra levando a efeito um plano experimental de vacinação com BCG em comunicantes de casos de lepra na área do Dispensário de Nova Iguaçú (Estado do Rio - Brasil), os quais se encontram sobr rigoroso contrôle. Todos os comunicantes lepromino-negativos foram divididos em dois grupos por sorteio: um para ser vacinado e outro para servir de contrôle. O grupo vacinado tomou seis doses quinzenais consecutivas de 200 mg. de BCG, via oral; o grupo contrôle tomou, em edênticos períodos, um placebo com a mesma aparência. Toda a vacina BCG foi aplicada dentro do per¡odo máximo de seis dias a partir de sua fabricação. A segunda reação lepromínica foi feita seis a oito meses depois da vacinação, para verificar eventuais transformações da reatividade. O estudo comparativo dêsses dois grupos mostrou que a conversão de negativo para positivo foi praticamente a mesma. Subsequentes reações lepromínicas praticadas em períodos variáveis vêm sendo feitas para acompanhar a marcha da reatividade cutânea. Com surprêsa foram encontrados alguns indivíduos que mostram instabilidade reacional, voltando a mostrar reação leprom¡nica negativa depois de haver reagido muito bem. Outra investigação foi feita entre contatos e não contatos de lepra, não mostrou diferença entre a percentagem de lepromino-negativos entre êsses grupos. Foi observada também a persistência de lepromino-negativos entre conviventes de tuberculose, inclusive entre adultos. Ao autores mencionam um sério caso em adolescente do sexo feminino, persistentemente lerpomino-negativa e que, entre 1953 e1955 tomara 2.000 mg. de BCG via oral e em 1958 se tornou lepromatosa...